Os conceitos que sustentam o pilar da Medicina Tradicional Chinesa são diferentes dos conhecidos no Ocidente, aonde existem ideais mais mecanicistas-cartesianos, contrastando com a prática da dialética oriental.
Acupunturistas na China estão trabalhando em conjunto com profissionais familiarizados com a escola ocidental, mas a medicina tradicional chinesa foi o único meio terapêutico existente até o século XIX, consistindo basicamente no tratamento pela Acupuntura e remédios dos três reinos (animal, vegetal e mineral), caracterizado por uma maneira peculiar para diagnosticar (Carbalho, 2007).
O primeiro trabalho registrado, que contém a base que levou ao desenvolvimento da medicina chinesa é o Huang-di-nei-jing ou livro Clássico do Imperador Amarelo, dividido em duas partes, a primeira contendo perguntas (Su Wen) e a segunda chamada Shu Ling. Provavelmente foi compilado durante séculos por vários autores, elaborados através de perguntas feitas pelo lendário Imperador Amarelo ao seu ministro Qi Bo, respondidas por um grupo de professores da Medicina Oriental (Dong e Zhang, 2001), contém as primeiras teorias consideradas pai da MTC: Shen Nung, que documentou as propriedades do coração a quatro mil anos antes que qualquer sinal no Ocidente (Clemmons, 2011).
O conceito de Energia, embora discutido na época, demorou algum tempo para ser compreendido no ocidente, através de Albert Einstein (1905) a física evidenciou a existência da entidade energia e estabeleceu a sua relação com o que chamamos de matéria (E=m.c²) em função da constante da velocidade da luz no vácuo.
Em 2008 pesquisadores em Marselha utilizaram o super computador blue gene e confirmaram na prática que a massa do próton provém da energia liberada por quarks e glúons, provando que a massa vem da energia.
Entendemos que o Tao (Dao) fala ao mesmo tempo do caminhante, do "como caminhar" e do caminho, reflete Cherng (2003).
O TAO é um ideal que reflete a inseparabilidade entre a matéria e o espírito, seus fundamentos não interagem com o mundo do antropocentrismo, mas revela uma autoridade social (Granet, 1997).
REFERENCIAS
O TAO é um ideal que reflete a inseparabilidade entre a matéria e o espírito, seus fundamentos não interagem com o mundo do antropocentrismo, mas revela uma autoridade social (Granet, 1997).
REFERENCIAS
Carbalho F. Acupuntura y Auriculoterapia. Buenos
aires: Kier; 2007. p.19.
Huangdi neijing. China; 500d.
C. – 1499 d. C. [internet] Biblioteca Digital Mundial.
Dong H, Zhang X. An
overview of traditional Chinese medicine. World Health Organization:Traditional
Medicine in Asia [Internet].SEARO Regional Publications. New deli; 2001. v. 39, p. 17.
Clemmons RM. Fisiologia
neuroanatomica funcional de acupuntura. In: Xie H, Preast V. Acupuntura
veterinária Xie. São Paulo:MedVet; 2011. p.345-551.
Yamamura Y. Acupuntura
tradicional: a arte de inserir. 2. ed. São Paulo: Roca; 2009. 919p.